segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Os Cavalos Marinhos

Eles são exóticos e chamam a atenção pela singularidade. Diferenciados, os cavalos-marinhos caracterizam-se pela longa cauda, focinho e uma bolsa para proteger os ovos. No fundo do mar, conseguem se proteger dos predadores por meio de uma camuflagem natural. Mas, apesar de tanta beleza e encantamento, há quem esteja contribuindo para que a espécie entre na lista dos peixes ameaçados de extinção. O homem destrói habitats importantes para o ciclo de vida da espécie, como mangues e recifes de corais, captura espécimes para comercialização ou mata exemplares involuntariamente por meio da pesca de arrasto.

Atualmente, existem 33 espécies cientificamente comprovadas de cavalos-marinhos no mundo. No Brasil, porém, há somente duas: o Hippocampus Reidi e Hippocampus Erectus, ambas ameaçadas de extinção. A grande diferença entre elas é o tamanho do focinho, mais longo no reidi. 




De acordo com o professor do Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar (CTTMar) da Univali, Maurício Hostim, a ameaça de extinção do cavalo-marinho se explica em primeiro lugar por seu habitat, geralmente manguezais, ser constantemente modificado pelo homem, seja por meio de construções ou dragagens. Os mangues servem como fonte de alimento e também como local de reprodução e abrigo. Os cavalos-marinhos utilizam-se da cauda preênsil para agarrar raízes de mangue ou organismos que se fixam nelas e ainda para se abrigar dos predadores. 

A pesca de arrasto também é bastante prejudicial à sobrevivência do peixe, pois os cavalos-marinhos, assim como outros animais, são arrastados junto nas redes, principalmente na pesca de camarão. São vítimas do que chamam de descarte da pesca. 

Apesar disso, a captura com o objetivo de comercialização é ainda a forma mais cruel de se extinguir a espécie. Calcula-se que hoje são vendidos anualmente uma média de 20 milhões de exemplares no mundo inteiro. Os cavalos-marinhos são comercializados vivos ou secos em pelo menos 77 países. Secos, acabam utilizados como amuletos, chaveiros, ingredientes de alimentos afrodisíacos e, principalmente, na medicina oriental. Vivos, vão para aquários. "É um tráfico rentável. O atravessador compra um indivíduo da espécie por R$ 1,00 e vende por R$ 20,00. Entre os peixes, o cavalo-marinho é um dos preferidos para este tipo de comercialização", conta Hostim.

Clique AQUI para acessar o site do Projeto Hippocampus e saiba mais sobre Cavalos Marinhos.

Criado por: Daniel Faustino

1 comentário:

  1. Muito instrutivo e "alertador" este site. Parabens pela pesquisa e pela bandeira levantada!

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